It, aquilo de que todos falam. E não é por acaso. Não é por acaso os 80's, o poster de Elm Street, as bicicletas, os putos. O humor, a puberdade, o medo. Aqueles enormes monstros desproporcionais, gigantes em demasia mas que na altura mediam de facto todos aqueles palmos. Podia ser desleal, uma açorda de referências a espreitar nas nossas carteiras. Mas não, é um filme que se aguenta por si só, corre sozinho por perceber cedo que história quer contar. Uma para além dos gritos: é o verão daqueles miúdos, juntos, a crescer e a doer. O resto é pretexto, é rastilho. Pode cair um pouco na repetição e exaustão de momentos, especialmente na segunda metade, mas caraças, que grupo incrível de pequenos atores. Cada um senhor de si, como as boas aventuras, destacado nas suas deixas e tiques, nos seus medos. Para além deles um Pennywise à altura e uma mitologia que não se estatela naqueles vícios didáticos, deixando muito para pesquisar, pensar e descobrir. O cinema é assim. E digam lá, se o momento em que vemos o covil, de baixo para cima, em todo o seu esplendor, não é das coisas mais incríveis que a fantasia recente ofereceu?
sábado, 16 de setembro de 2017
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