terça-feira, 11 de abril de 2017

Que se come frio mas frio


Só por si, isolar a ira no elenco, já é de homem. Percebemos que não foi só fogo de título, que ela existe e vai andar, caminhar, atuar, que nem gente. Mas é que para além disso, Tarde para la ira - a estreia bruta de Raúl Arévalo - usa o substantivo como elemento de subtração, do resto que foi sendo anteriormente apresentado. Todos os outros nomes sucumbem e desaparecem no olhar vazio, na fúria, na raiva, na cólera. Sem ter que cair em facilitismos de novela ou hesitações.

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