Vi-o hoje, no primeiro dia do festival "Fim-de-semana fantástico em minha casa". Não estava muita gente. Aliás estava só eu, o que não tirou magia ao ambiente. The Void vem aquela imagética fatal dos anos 80, do terror material, da carne pela carne, Carpenter e Cronenberg. Belíssimo no modo como se promove e se vende, não há como dizer que não. A história é simples, um polícia e mais uma malta bem estereotipada, ficam presos no interior de um hospital a braços com uma criatura que não lhes quer bem nenhum. E se este arranque é o certeiro, falta um embrulho mais coeso e fechado para se conseguir desenhar uma mitologia. Porque se os atores não ajudam, a dispersão e confusão do terceiro ato tornam tudo ainda pior, pouco sólido. Não há uma aura, um local, como por exemplo Siren criou tão bem. O final claramente tenta ser a ponte para um compromisso que infelizmente não chegou.
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