quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Essa parte do Patrick Swayze é boa

Eu podia desenrolar o papel higiénico do errado e vê-lo ir e ir e ir até embater num doce obstáculo a uns bons quilómetros de distância. Podia falar dos débeis mentais que continuam a dizer: ah mas não podemos dizer mal antes de ver, ai ai ai, é muito feio, temos de ver primeiro para saber se é mau ou não. Não temos, chatos do caralho, podemos confirmar que é intragável, terrível, horrível, agora saber já sabíamos há muito tempo. É uma questão de matemática, é Paul Feig mais "a gorda" mais "SNL" mais não interessa porque é sempre a mesma pastilha. Que cola uma vez mas depois começa a secar, a enjoar. Podia também falar das interpretações desinspiradas. Da inacreditável falta de química entre elas as quatro. Da ausência de bons diálogos. De humor. Dos cameos mais forçados e tirados a ferros da história dos cameos. Podia falar disso tudo mas o que mais me chocou - mesmo de ficar assim apreensivo, por vezes triste - é a trapalhice técnica. O filme é retalhado como se estivéssemos no Estado Novo, o que nos chega - como aconteceu em Suicide Squad - são pedaços de uma ideia, uma fita mal colada, mal montada. Uns são erros de raccord, como na cena do concerto, outros são simplesmente passagens amadoras, como do plano da câmara municipal para outro onde elas estão a caminhar num beco, é mau, não cola, não flui. Adeus editores, descansem em paz.

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