terça-feira, 16 de agosto de 2016

Apesar de não ser o filme português mais visto de sempre na primeira semana de julho é um filme bastante simpático

Apesar de nos ter sido oferecida num embrulho envenenado - trilogia dos remakes - esta canção, cedo se destacou das outras, e sejamos sinceros, não precisava das outras para nada. Seja por um trailer articulado, de corpo inteiro, seja pela inteligência da música, a apresentar a comédia, o romance. Não é novo mas resulta. Porque afinal. Porque afinal não tem de ser o Manuel Marques a fazer de mongolóide e a Dânia Neto com as mamas de fora, naquela portuguesice dos malucos do riso, da pura caricatura a preto e branco, com "piadas" vazias, a precisar de fundo para sabermos: ah então é aqui que os cantos da boca se elevam rumo às bochechas! A Canção de Lisboa limpa o que está a mais, traz o que está a menos, e constrói uma série de bonecos que não ofendem, melhor, que entretêm. Obviamente, não se foge do simplismo narrativo do domingo à tarde, da fantasia romântica, não há aquele salto - às vezes não tão difícil - para algo mais cheio. Ainda assim Luana Martau enche qualquer coração e com um César Mourão à altura deixam em dueto uma audiência satisfeita, com as personagens a festejar connosco, já do lado de cá, a dizer depois adeus, porque afinal o mundo é feliz.

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