terça-feira, 18 de novembro de 2014

Sim, dizem o poema vezes de mais

Chibanço do bom, mesmo à frente. Estás um gatinho, penso depois. Antes, nem avisavas. Pois não, mas antes também não tinha esta larufa grisalha. Parecendo que não pesa, como a gravidade. E pimba está a ponte feita para o filme. Que génio do caraças. Eu. E o Nolan? -  perguntam os zombies sedentos de tripas e à espera de partidos. O Nolan dá que falar e, esquecendo as brigas de bairro, fá-lo na procura de novos caminhos. Que outro consegue tamanha movimentação do mundo? Do que poderia ter sido, do que foi, do que é e de como dois gajos à porrada são sempre dois gajos à porrada. Sacode o pó muito para lá da sala, universalizando aquilo que o cinema deve e pode ser: um eu à procura de respostas. Em todo o lado. Interstellar tem graves problemas com o seu elenco - a Chastain, por exemplo, esqueceu-se de representar - e com o seu lado mais didáctico - agora meninos, vamos explicar como é que isto tudo aconteceu. Porém, tem milheirais a perder de vista, ondas do tamanho de montanhas, nuvens geladas e naves que giram perdidas. Acoplagens impossíveis, buracos negros e despedidas. O tempo na mão. Na a eterna vontade da descoberta.

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