O percurso Gone Girl é, no hoje, tão raro, que quase apetece chamar case study. Do que devia mas não é, do que foi mas não prevalece. Cinema é acontecer, antes, durante e depois. Trailer arrebatador, ingénuo mas mortal no modo como olha. E caça. Depois vem o burburinho, de quem já foi, de quem quer. Toda a gente fala de Rosamund Pike, como se a senhora não tivesse já sido Bond Girl e Titan Girl. Não percebia, é a fome. O filme aparece então, e falo eu de Rosamund Pike: foda-se. É assim, sem grandes camas, biografias ou dentinho torto. Não posso contar mais. Mas quero falar, existe urgência. Em tanta coisa. Cinema é acontecer e Fincher traz, que nem sóbrio trapaceiro, o acontecimento de volta ao cinema.
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