terça-feira, 9 de novembro de 2010

Cinco estrelas

"Independentemente de tudo o que possam ter lido, ouvido ou mesmo antecipado sobre "A Rede Social", este não é um filme sobre o Facebook."

As palavras são de Jorge Mourinha - um dos meus críticos nacionais favoritos - que no seu excelente texto para o Ípsilon resume de forma precisa tudo aquilo que o filme de David Fincher é. Todas as suas máscaras, todos os seus veículos e todas as suas reais intenções.

Pouco mais há a acrescentar. O conjunto é um enorme triunfo e certos pormenores continuam comigo, a fermentar:

- Incrível o diálogo inicial - vai ficar na história. A velocidade das palavras e a rapidez da montagem. A génese de tudo o que viria a formar-se, ali, numa relação quebrada na penumbra de um bar.

- Incrível o tema musical. Sublime, simples e muito eficaz. Ouçam ali em baixo com muita atenção.

- Incrível o final, fechando em círculo com o rosto, agora electrónico, de Rooney Mara.

- Incrível a ironia, de quem inventou o Facebook terminar sem um único amigo.


2 comentários:

DiogoF. disse...

Não o achei assim tão bom. Excelente personagem, diálogos brilhantes, óptimo ritmo.

Mas, citando o "Dial P for Popcorn", é um filme neutro. Passa-se pouca coisa. Fiquei com uma sensação de vazio, no final.

Marco Costa disse...

Levou-me, literalmente, uma frase a descobrir o autor do argumento. O resto foi matar saudades do ritmo, dos diálogos brilhantes.