segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Balanço em série (parte II)

How I Met Your Mother (4ª temporada) – Esta é a única série que me faz rir com gosto desde Seinfeld. Tem 5 bons actores, óptimas personagens e diálogos geniais. A sorte e o acaso fizeram o resto. Esta nova temporada avizinha-se igual às anteriores, o que é muito bom pois deixa-me francamente bem disposto.
Dexter (3ª temporada) – Aqui todos os elogios são poucos. Estamos perante televisão de luxo, televisão tão boa que por vezes custa a caber num pequeno écran dando ao espectador planos e sequências de puro cinema, de grandes espaços e telas gigantescas. É a melhor em diversas frentes: nos protagonistas, e não falo somente na interpretação portentosa de Michael C. Hall (a melhor interpretação masculina dos últimos anos), todo o resto do elenco é rico e complexo; a história, que se poderia esgotar se caísse nas mãos erradas, encontra sempre maneira de criar curvas e contracurvas numa fórmula que se vai renovando há medida que a ambiguidade vai evoluindo; a realização é espantosa, sempre incisiva e coesa no tom negro que habita nesta Miami; o genérico é uma obra prima e a música leva também nota máxima. Esta terceira série arranca brilhantemente com um acidente de “trabalho” e a notícia de que Dexter vai ter descendência. Melhor não podia ser.


True Blood (1ª temporada) – Deste interior sulista ainda só vi o primeiro episódio mas foi o que bastou para cativar e afiar a dentuça. Num mundo onde os vampiros vivem lado a lado connosco, satisfazendo a sua sede através de uma bebida que tem tudo o que o verdadeiro sangue oferece, uma especial empregada de mesa apaixona-se por um pálido vampiro. Premissa arrojada e original (rima com Alan Ball), que num tom assumidamente adulto, dá o mote para uma série de questões e problemas actuais. A primeira dentada funcionou muito bem comigo, esperemos que continue assim.


Terminator: The Sarah Connor Chronicles (2ª temporada) – Nunca foi muito fácil a vida desta série. Por um lado tem o selo pesado de uma das maiores sagas de ficção científica do cinema e por outro ofereceu-nos uma primeira temporada morna, que, sem comprometer, não despertou grande entusiasmo. Eu, apesar de não ser fã absoluto, gosto bastante do formato e acho que esta segunda temporada promete bastante, com acção da boa e uma excelente história. Entretanto surgiram os rumores que a série seria cancelada para salvar Prison Break, o que me pareceu um absoluto disparate e a aposta mais que certa no cavalo errado! Depois disto pediram novos episódios e mais recentemente deram a ordem para série completa, o que nos deixa respirar com uma pouco mais de vontade.

Life on Mars (1ª temporada) – Fui espreitar este remake duma série da BBC em grande parte porque sinto falta de Journeyman. Os doidinhos das viagens no tempo (como eu) são assim, sempre à procura de mais uma abordagem, de mais um conceito de recuo ou avanço. Não conheço o original de 2006 mas este de 2008 sem ter deslumbrado parece ter o espaço suficiente para crescer. O protagonista não me convenceu de todo mas penso que com o tempo acertará o tom, assim como os secundários que precisam urgentemente de mais visibilidade. Falhas que esperam correcção numa história muito bem imaginada, com doses certas de acção e mistério.

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